sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A inteligência

Dada a frequência enorme de visitantes neste menosprezado blogue, fico muito à vontade para escrever o que bem me apetecer. Sei bem que certas palavras dariam para objectar este blogue nas procuras dos utilizadores de sites de busca, nomeadamente o gigante Google ou então a Yahoo!, isto só para citar os mais usuais, mas o meu objectivo já não passa por atrair a atenção de todos. Há quem faça esse post e obtém um número elevado de visitas. Não os critico, até porque a ideia é boa. Pode não ser moralmente aceitável, mas quem liga à moral hoje em dia? Já no meu tempo tinha-se aulas de Moral (EMRC) só para se participar nos passeios-convívio organizados todos os anos. As notas dessas aulas também não correspondiam aos objectivos alcançados (nenhum ou quase nenhum, a meu ver) e por isso é que não há interesse nenhum em respeitar a mesma moral, seja ela oriunda de crença religiosa ou não. O que faz com que exista moral é tão simplesmente a mesma coisa que faz com que os humanos sejam os seres mais especiais do planeta. Algo denominado inteligência. Pode muito bem achar-se que se é inteligente por usar o instinto para benefício próprio, mas é apenas quando há a partilha e a observância pelo ser inferior sem denegrir-lhe a imagem que a inteligência vale a pena. Óbvio que admitir que há seres inferiores é sinal de falta de altruísmo e por si só é um denegrir a imagem, mas julgar os outros também o é. Entro agora numa redundância de auto-culpabilização sem fim que me levaria mais uma vez a níveis depreciativos dentro dos quais a produção baixa e a inteligência se mostra reduzida.
A inteligência é algo que nasce com o indivíduo e não me digam que não é qualquer um que revela grandes níveis de inteligência, porque tal afirmação não é válida. A inteligência não é como um dedo ou uma pedra. Estes podem ser grandes, pequenos, com marcas, entre outras características diversas. A inteligência é como a linguagem informática binária. Ou é 0 ou é 1. Ou se tem ou não se tem. Diz-me agora alguém chocado: Errado! Um indivíduo pode ser muito inteligente ou pouco inteligente. Eu digo também, mas calmo: Errado! Isso foram simplificações. Um indivíduo ou é ou não é inteligente. Diz-se que é muito inteligente quando apresenta uma elevada capacidade memorial ou racional. Mas aí então os elefantes seriam muito inteligentes. E eu lamento muito desiludir alguém, mas os elefantes não são de todo inteligentes. A inteligência é mesmo própria dos humanos, quer queiram, quer não. E nem todos os humanos a possuem, infelizmente. O clique que cada humano tem para usar capacidades de forma regrada é que nos torna inteligentes. O instinto tem prendido muitos humanos, que em vez de reagirem com inteligência, preferem agradar-se momentaneamente, trazendo assim problemas de consciência a si mesmos.
Existem portanto dois caminhos. O primeiro faz o retorno à ignorância, apesar de trazer imensos prazeres imediatos. O segundo leva à felicidade plena e à perfeição. O mundo de hoje, em grande parte, segue pelo primeiro caminho. O mais grave é que pensam que o destino é o mesmo que o do segundo. Como todos estão enganados!...

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...