quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Natureza

Encontro-me agora em boa companhia, ou recordo-me desse momento, a ver o céu azul e as árvores verdes

Férias ou impossibilidade mesmo

As minhas opiniões também merecem férias, mas não é por isso que as coisas a dizer não têm sido ditas. O amadurecimento da vida neste mês passado é que me limitou a não dizer o que penso. Vontade não falta, mas acontece não ter possibilidade de o partilhar por não se ter meios disponíveis na altura em que estes estão a ocupar a mente. Trabalha-se nove horas e dorme-se sete. As restantes oito são para: viajar de e até casa, logo menos meia hora; comer, menos duas horas; namorar, menos quatro horas; cuidar da higiene, menos meia hora. Sobra apenas uma hora para executar as necessidades, olhar para o balão e, claro, vir postar algo. Se me equivoquei nos cálculos e só agora repararam apenas porque eu disse, lamento, mas não padecem de sobre-dotação mental. É triste, mas acontece. Se acontece aos melhores, não há-de acontecer aos piores, pergunto-me. Por isso é que a impossibilidade mesmo é algo que está um nível acima e que a um ser comum é imperceptível. Eu sei que este post vai parecer muito estranho, insano até, mas eu tinha de escrever e escrever sobre coisas à deriva também é interessante. Pelo menos faz mexer os dedos. Ao menos isso.

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...


domingo, 17 de julho de 2011

O tempo

"Amanhã estará bom tempo". Quem disse que o meu bom tempo corresponde na sua totalidade ao bom tempo da pessoa que diz isso? Eu até posso gostar de chuva e aí o meu bom tempo ser aguaceiros em Portugal continental e nas ilhas. Tudo se torna subjectivo quando sabemos que nenhum cérebro no mundo pensa exactamente igual a outro. Mas não é do tempo da meteorologia que eu queria falar. É antes do tempo que mede os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos, as décadas, os séculos, os milénios. Esse é tão escasso que nem que seja bem aproveitado, tal como os mentores e os admiradores do "Carpe Diem" idolatram, chega. O mais estranho é que por vezes sentimos que o tempo não passa, mas o que é certo é que quando analisamos o tempo decorrido vemos que as alterações foram tantas que nem deu para saboreá-las. Às vezes penso também em todos os locais, em todas as imagens, em todas as músicas, em todo o tipo de coisas com uma determinada quantidade de espécimes e vejo que toda a vida não é suficiente para adquirir todas as experiências possíveis e imaginárias de adquirir. Vê-se mais em coisas que levam tempo como são exemplo as músicas e os filmes. Quantas músicas existem ao todo? Quantas virão a existir? Quantos filmes foram lançados? Quantos estão a ser planeados? Quantos ainda nem foram pensados? Ora um filme ou uma música localizam-se num intervalo de tempo. Uma música pode conter em média três minutos de sons agradáveis ou não. Um filme pode chegar à hora e vinte ou até há os que têm três horas e meia de duração. Olhando a isto, torna-se impossível ver todos os filmes que existem ou ouvir todas as músicas do mundo. E há até músicas que se ouvem vezes sem conta e os filmes que não paramos de repetir por nos deixarem emocionados ou por nos despoletarem a adrenalina que nos faria correr o mundo caso fossemos nós que estivéssemos na tela ou até porque contém aquelas imagens repugnantes ou ainda porque são agradáveis à vista por abordarem certos aspectos que a vida contém e que são deveras apreciáveis até para quem ainda não experimentou. Assim sendo, a odisseia de correr contra o tempo nunca é ganha e nem um segundo de tempo é possível de ser aproveitado como bem nos apetece, porque temos sempre algo que nos manda fazer esta ou aquela coisa, nem que esse chefe seja o nosso próprio coração que, como se sabe, não tem sentimentos, apesar de os associarmos a ele.

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto... sem muito tempo para mais.

sábado, 4 de junho de 2011

Mais do mesmo

Amanhã, mais do mesmo. Estaremos perante novas eleições para a Assembleia da República e, acreditem ou não, não iremos escolher o primeiro ministro de Portugal nem sequer o governo do mesmo. Nunca foi assim e não ia ser agora, que não houve nenhuma alteração ao sistema eleitoral, que isso iria mudar. Trata-se portanto de eleger os deputados que irão representar cada uma das pessoas do país, mas cada cidadão só pode eleger no distrito ao qual o seu círculo eleitoral pertence. Está cada eleitor assim vedado a apenas uns quantos indivíduos que pode conhecer ou até não, sendo esta última hipótese um pouco lamentável, não por culpa de quem deve escolher, mas antes por lacuna do que precisa do tão carecido voto.
Ainda atónitos do que falei acima e sem terem apanhado nenhuma das palavras seguintes, eu explico teoricamente, pois na prática não posso fazê-lo caso me apeteça exemplificar concretamente as situações. Ora, imaginemos que um partido, a nível nacional, obtém uma maioria clara segundo a qual não seria preciso fazer aliança pós-eleitoral alguma, mas que em determinado distrito, no qual o seu "cabeça de lista" e dirigente do partido (não necessariamente) se candidata, não consegue eleger um único deputado. Esse tal candidato não pode pertencer à Assembleia da República e, por conseguinte, não tem legitimidade para pertencer ao futuro governo, muito menos para ser o primeiro ministro. Isto porque apenas se elegem os deputados. O partido ou partidos que têm maior representação parlamentar é que depois irão formar um governo (não tão linearmente, mas nesta linha) e depois disto é que esse governo toma assento parlamentar, tal como o presidente da Assembleia e respectivos secretários.
Posto isto, amanhã cada um saiba que estará a votar para eleger 216 pessoas e não 15 ou 20, fazendo isto alguma diferença.

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...

sábado, 28 de maio de 2011

Memorando

Vamos la de esclarecer isto!Afinal o que quer dizer o "Está lá em cima...".Quer dizer única e simplesmente uma coisa:o tipo, a pessoa, esse "ente querido" está vivo!(Parece que agora é que o pessoal ficou com um nó na cabeça)O que isto quer dizer é que essa pessoa, apesar de ter falecido, que por acaso é o contrário de desfalecido e, como sabem, desfalecer é enfraquecer, perder as forças, esmorecer, por outro lado falecer deve ser ganhar vida, forças e por aí adiante, ela está viva na memória das pessoas e isso é que é o ressuscitar dos mortos como Ele disse:"Destruirei este templo e o reconstruirei em três dias". O que Ele quis dizer com isto? Vai deitar abaixo um templo que é uma obra grande e que demora tempo a reconstruir e Ele fá-lo em três dias?Não. O que Ele quis dizer foi que, e aí é que se vê quem é o rei, passados três dias(número simbólico que significa perfeição) todos se recordariam d 'Ele, depois de morrer.E de facto isso tornou-se realidade!Mas voltando ao assunto do Paulo, o "cima" quer apenas dizer lembrança, memória e "a sorrir" significa que a pessoa só se recorda dos momentos em que essa pessoa esteve lá, esteve bem, esteve feliz,e, por isso, a sorrir.Quanto ao Céu e ao Inferno, podia estar a entrar aqui noutra temática que era digna de outro tópico, mas posso explica-lo resumidamente.As pessoas têm boas acções e isso reflecte-se no que os outros, no futuro, irão pensar delas e é aí que entra a noção de Céu ou de Inferno.Isto só era necessário ao escrever a bíblia ou outros livros da mesma índole literária, desde que dirigidos aos judeus, israelitas(o.m.q.) ou semitas, porque estes apenas compreendem as coisas por símbolos, mas compreendem-nas, ao contrário dos medievais que, para atraírem as pessoas para a igreja lhes metiam medo dizendo essas barbaridades.Agora os tempos são outros e as pessoas já não deveriam sentir essa necessidade de acreditar em Céu e Inferno e simplesmente viver a vida de forma a não prejudicar os outros e, com isso, serem felizes!

Por Liano driMi in http://grupinh0.blog.com/

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ambição

Quero, posso e mando, tem sido o mote de muito boa gente como forma de obter louros mesmo que sem qualquer mérito. Esta trilogia, tal como em tudo na vida, bom, quase tudo, para ser bem aceite, tem de ser vivida moderadamente, pois caso não o seja, corre-se o risco de se ter problemas, sejam eles físicos ou psicológicos. A ambição desregrada de diversos dirigentes ao longo da história levou a que estes ficassem inscritos no lado sombrio da mesma e não partilhassem da chamada vida eterna que outras pessoas de melhor memória obtiveram. Eles de certa forma também prolongaram as suas vidas e até influenciam atitudes de pessoas mal intencionadas, mas os exemplos que devem ser seguidos em nada estão relacionados com os parâmetros adoptados em vida por esta elite de malfeitores.
Uma boa forma de se escapar ao destino malfadado da má memória é viver a sua vida em paz e harmonia com os outros não querendo para si mais do que aquilo que se possa ter. Tentar evitar os confrontos, que são, por mais pequenos que sejam, os geradores das principais discórdias de cada sociedade. Caso tenham de ocorrer estes confrontos, que sejam realizados com base no diálogo e na negociação e não por imposição da força. Querer mais do que se tem direito é uma forma ilegítima de criar conflitos e por sua vez confrontos. Por vezes tem de se ceder numas coisas para poder ganhar outras. Convém que se ceda nas coisas sem importância e se ganhe as mais importantes para gáudio próprio. Caso contrário, acontecerá um sentimento depreciativo quando se se aperceber que se perdeu aquilo que nos faz mais felizes e pelo qual se devia ter lutado. Por mais valiosa que uma coisa seja, não pode ser trocada seja por que pessoa for. As pessoas não têm preço, apesar de a maioria poder ser comprada...

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...

sábado, 9 de abril de 2011

Mudanças

Diz-se que está tudo igual para não se ter de descrever todas as alterações que decorreram entretanto a alguém que passa por nós na rua e pergunta: "Olá, tudo bem? Novidades?". É uma maneira fácil de fugir dos problemas, esta. Quer dizer, se é que se tem problemas. Mas se por um lado algumas coisas estão bem, outras estão mal e outras não estão ou estão por definir. Vejamos. Uma pessoa pode ter uma boa situação financeira e não ter o melhor desempenho emocional e nem sequer saber o que quer para si afectivamente. O contrário também. Pode-se até afirmar que há dois principais focos de bem-estar, o profissional e o emocional. Quanto ao profissional, no mundo actual, o geral é querer-se estar na profissão que se deseja sendo bem remunerado e tendo tudo aquilo a que se julga ter direito por se ter nascido em determinado tipo de cultura. A nível emocional quer-se obter tudo o que a pessoa a quem se ama nos pode dar. Aqui o objectivo comum dos dois níveis é obter o máximo de bom e o mau que fique para os outros, pois nem quero saber. Apesar deste querer, desconheço com efeito alguém que obtenha ambos os pólos satisfeitos, por isso é que não quero saber de os satisfazer. Claro que nem me preocupa a falta de ambição. Quem quiser que morra ambicioso, porque eu não pretendo nada que não possa ter. A vida é mais do que coisas ou devia ser.
O que mudou? Nem sempre corresponde ao que devia mudar. Mas como já tinha praticamente acertado em concertação social com uma ou duas pessoas, as pessoas não mudam. Negociações cautelosas fizeram chegar a esta conclusão. Isto será tão mais válido quanto mais tempo se tomar em conta. A partir da idade consciente de cada pessoa, os objectivos desta passam por certas coisas e por obter outras coisas e ainda por largar umas mais de forma a chegar ao fim da linha com o futuro que se pretendeu.
A previsibilidade do pretendido torna uma vida dita normal em algo fútil. Quer-se uma casa, uma família, amigos estabilidade financeira e fica por aqui. Vem o caos e o que mais valia era ir mesmo tudo por água abaixo, pois não se saberá o que fazer quando se tem o que se pretendeu e por motivos alheios isso desaparece. Que fraqueza tremenda estar dependente do bem-estar e da monotonia diária.

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...