Estava difícil de arranjar um tempo para escrever e é logo numa noite, na noite do dia mais curto do ano que o faço. Os caros leitores devem ter achado que menti da outra vez ao ter dito que voltava para não mais abandonar e vai-se a ver passam quase dois meses sem qualquer assunto puxado ou palavra sequer dita. Na verdade não menti. Eu não prometi nada, tento até nunca prometer de forma a não causar um sentimento desagradável naquele que expecta algo da minha parte e depois não o obtém. Não prometer, como em tudo na vida, tem vantagens e desvantagens. Mesmo que não as tenha, elas aparecerão. Não comprometer-se garante, como disse, abstenção segura. Por outro lado faz com que se possa ter mais espaço psicológico para definir prioridades. Isso ajuda a organizar a vida. O problema de não se comprometer reside no facto de o outro se saturar de não poder esperar nada vindo do primeiro outorgante o que faz com que o segundo deixe de contar com o primeiro. Ora isto é demasiado mau, pois o primeiro quererá participar nos eventos realizados pelo segundo e nem deles terá notícia. Tal como diria o treinador de renome que foi campeão nacional da primeira divisão portuguesa de futebol no ano de 2001 pelos axadrezados do Boavista FC, Jaime Pacheco, "isto é, como se diz, uma faca de dois legumes...". De qualquer forma, se o segundo interveniente for paciente, podem surgir grandes coisas da interacção de ambos e é isso que motiva as pessoas a viverem e a correlacionarem-se. Já se sabe que eu gostava mais de ser rotineiro nas minhas acções, mas a rotina causa stress e o stress impede a livre espontaneidade e o desenvolvimento das acções que, por si só, são importantes à realização pessoal ou colectiva.
Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto... (até já estava com saudades de assinar estas palavras...)
Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto... (até já estava com saudades de assinar estas palavras...)
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