sábado, 24 de julho de 2010

Hora de acabar com o que não existe

Nesta altura do campeonato dou comigo a pensar nos relacionamentos aos quais tenho posto fim por causa do enorme envolvimento (ironia!) que há. E o que ressurge são saudades. Saudades de algumas pessoas em particular, mas também de algumas coisas que ficaram para trás. Analisando por completo acho que agora as coisas estão melhores, mas predomina o pensamento de saudosistas que dizem "só queria ter metade da idade e saber o que sei hoje!". Eu também gostava de ter metade da minha idade e saber algumas coisas que sei actualmente. Outras porém não precisava de saber. Há dez anos atrás haviam situações desagradáveis, mas o mundo era perfeito. A inocência imperava e fazia-nos pensar que pessoas que nos magoavam e até metiam medo tivessem algo de bom por dentro. Agora sei que têm e isso é que me atemoriza. É que as coisas quando são e são, tudo bem. Quando não são e não são mesmo, melhor ainda. Agora quando são, mas até que podem não ser ou não são, mas no fundo são, são terrificantes. Uma pessoa faz mal, ignora, maltrata, aterroriza outra e depois vê-se que afinal também gosta, sente, adora por vezes até essa pessoa. Às vezes até venera e idolatra, mas não deixa de fazer o mal. É mais forte do que ela, diz. Mas com estes posso eu bem. Agora com pessoas que amam e adoram e mais não sei o que, depois vê-se que não é verdade, que no fundo é uma maneira de aproximação para criticar e denegrir o outro, essas deixo para as feras. Que os devorem e lancem no fogo até que as suas cinzas voem com o vento e vão depositar-se bem longe de forma a não contaminar a terra e as águas. Por estes motivos é que tento agora definir coisas, apesar de ser muito difícil. Mas o que é indefinido também é bom, claro. A diferença é que agora há sentimentos que apenas serão realizáveis com certezas e terá de ser mesmo assim.

Lá está! Isto sou eu que não percebo nada disto...

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