domingo, 30 de agosto de 2009

10 anos depois


Há dez anos atrás, Timor Lorosae dizia não à opressão indonesa da maneira mais simples, votando. O valor que esse voto teve para aquelas pessoas é muito diferente do dado por inúmeras pessoas por todo o mundo e que ainda aparecem mencionadas nos resultados quando se fala da abstenção. Imagine-se agora que o povo timorense se abstinha do seu direito de voto. Talvez estivesse ainda sob o jugo da Indonésia, ou talvez não. Creio que se não fosse daquela forma, seria de uma outra qualquer. A vontade de muitos sobrepõe-se quase sempre à teimosia de poucos. Se não fosse o referendo, seria a enxada, o ancinho, a metralhadora (que aparece no brasão timorense) ou qualquer outro objecto. Claro que haveria sangue, mortos, feridos. Mas também os houve anteriormente e uma revolução sem sangue é muito rara, senão praticamente inexistente. Agora falam-me as tais vozes do contra: mas o vinte e cinco de Abril não foi manchado de sangue. Pois não foi, correcto. O sangue dessa revolução foi derramado meses depois pelas FP-25 que espalhavam o terror, literalmente, nos opositores. Mas eu não quero falar de mortos, que a vida é curta. Só quero voltar ao assunto deste item que é Timor Lorosae e o seu povo. Este país ainda é só um rapazinho que vai agora para o quinto ano. Ainda tem muito a aprender e a viver. Espera-se que viva muitos anos. Para terminar ficam as palavras de grito, bem ao jeito de Xanana Gusmão: “Viva Timor Lorosae!”

Lá Está! Isto sou eu que não percebo nada disto...

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